domingo, 16 de novembro de 2014

Aguapés tomam conta do rio Poti e evidenciam poluição

Aguapés no rio Poti: proliferação exagerada pode prejudicar a fauna aquática



Os aguapés voltaram aparecer no rio  Poti, em Teresina. Todos os anos, o problema se repete  e põe em alerta ambientalistas, que  temem o desaparecimento do rio em  virtude  da poluição e  degradação de  suas margens. Próximo a ponte do  bairro Primavera, na zona Norte da capital,  os  aguapés  formam um  verdadeiro  'tapete verde' sobre o rio. 
O aguapé é uma planta que auxilia no processo de despoluição, no entanto, em  grandes  quantidades pode causar graves problemas ambientais, como a morte de peixes. Quando se proliferam de forma  exagerada, elas prejudicam a fauna aquática comprometendo a vida de outras plantas, animais e peixes que coabitam no espaço fluvial. Isso ocorre porque como cobre toda a superfície da água com as suas folhas, o aguapé impede que os raios solares penetrem no ambiente aquático interferindo no ciclo natural do ambiente.
E é justamente a quantidade que causa preocupação quanto a qualidade da água  no rio Poti. A planta aquática costuma se proliferar  de modo descontrolado no leito dos mananciais, principalmente  nas  zonas  urbanas, indicando que há  a presença em abundancia de poluentes. 
Para conter o avanço das plantas  no  rio  Poti, recentemente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos iniciou os testes com uma draga transportadora para  trabalhar no controle de aguapés. A iniciativa surgiu na Semam, com o secretário Cleto Baratta, e o engenheiro Demóstenes proprietário do equipamento. 
"Acreditamos que este equipamento aliado as demais técnicas que estamos usando poderemos controlar a proliferação de aguapés é mantermos a boa condição do rio Poti", disse Cleto Baratta. 

A remoção dos aguapés  deve ser  feito por  técnicos  especializados, pois a retirada  total das plantas pode  prejudicar o rio.  Em pequeno volume os aguapés funcionam como uma espécie de filtro natural, que ajuda na limpeza de pequenos poluentes que circulam na água. Sobre os cuidados quanto a retirada  das plantas, Dionísio Carvalho, secretário  executivo do meio  ambiente e  recursos  hídricos, afirmou que apenas uma parte dos  aguapés  estão sendo  removidos do rio Poti. 

fonte: DIÁRIO DO POVO

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