Bares da Orla da praia de Atalaia fecham por falta de apoio básico

presidente da Associação dos Bares e Restaurantes da Orla de Atalaia, Ivanildo Rodrigues

Para quem esperava uma orla em Atalaia, no município de Luís Correia, pronta para receber turistas com bares e restaurantes abertos e toda uma infraestrutura de fazer inveja, se deparou com uma situação deplorável: muito lixo e portas fechadas.

O presidente da Associação dos Bares e Restaurantes da Orla de Atalaia, Ivanildo Rodrigues, explicou o motivo dos bares não abrirem durante as festividades de fim de ano.

O presidente da associação disse que poucos dias antes da festa de réveillon membros da associação se reuniram com a prefeita Adriane Prado, em busca de respostas sobre a programação para o litoral, já que muitos queriam preparar uma estrutura necessária para receber turistas e clientes.

Segundo Ivanildo, uma das principais queixas dos clientes que foram no dia seguinte à festividade de ano-novo foi a quantidade de lixo espalhada pela orla. Além da falta d'água e de energia, os empresários não puderam contar com o sistema de internet para receber o pagamento dos clientes em cartões de crédito. "Antes essa administração era feita pelo Estado, depois que passou para a Prefeitura as coisas começaram a desandar” disse Ivanildo.

Ele afirmou ainda que existe uma empresa licitada para limpar a orla mas o serviço é feito por  três garis da própria Prefeitura que precisam limpar toda a extensão de 1.500 metros. O lixo recolhido pelos donos de bares é colocado pelos empresários nos locais determinados pela Prefeitura, mas não é recolhido.

Donos de bares e restaurantes alegam que dante da negativa da Prefeitura em apoiar as atividades na orla, todos os 28 estabelecimentos da orla fecharam por medo da falta de segurança e da falta de iluminação durante o reveillon. “Não podemos garantir a segurança de nossos clientes a partir das 18hs, não temos condições de bancar um evento dessa proporção de nosso bolso, e não temos como contratar a banda e o palco para colocar na orla. Nós até nos propomos a alugar o palco e sugerimos que a Prefeitura contratasse a banda, mas não tivemos resposta” disse Ivanildo.

Para finalizar o presidente disse que cada restaurante teve no mínimo um prejuízo de R$ 10 mil reais no mínimo, isso sem contar os oito maiores restaurantes da orla que somados os prejuízos esses valores chegam a triplicar, “ não é justo a gente investir num evento dessa proporção e não ter nenhum retorno”, finalizou.

fonte : Dailton Meireles/O Olho